domingo, 17 de outubro de 2010

A visão psíco, os espíritos, a força e a vontade de cada um, o olhar de cada um deles... A perspectiva psico é uma variante da perspectiva sócio, de maneira que ela representa a vontade do conjunto da sociedade através das idéias que se aglomeram nos interstícios cerebrais (como memórias). Um simples olhar pode fixar um espirito e este desencadear forças entre as idéias - pois que um espirito é uma idéia!

sábado, 24 de julho de 2010

Uma alma pode ser compreendida como um todo constituído de partes indistinguíveis, não delimitadas detalhadamente. Isso porque podemos diferenciar, olhando para dentro de nós mesmos, vários tipos ou naturezas de almas, que por sua vez se correspondem com as partes do corpo relacionadas. Por exemplo: há uma parte nítida configurando um eu "principal", atrás dos olhos; outra parte distinta que ouve; uma que engole, outra que fala; há também a que toca um instrumento, nas próprias mãos e outra como uma raiz que se adentra de encontro ao coração e sente raiva ou amor, etc. Pode-se dividir em quantas partes quiser. Mas são reais!

sábado, 10 de julho de 2010

A vida constitui-se por um lado como "alma" e por outro como ‘mundo’, o qual se encontra a frente dela, incluindo seu próprio corpo. Há um sentir nítido dado pela experiência de ser/estar vivo. O sensível se expressa in loco, como alguma coisa "de dentro" e ao mesmo tempo "separada" do corpo, sem limites precisos, diversificado em vários tipos de naturezas, aberto (como no campo da visão) ou fechado em alguns pontos (como por exemplo na experiência de uma dor numa parte especifica do corpo). Isso é nítido: no dia-a-dia carregamos um corpo para lá e para cá; em cada lugar que paramos o mundo para e se afigura ali onde nos encontramos. É a vida em mil modos em curtos espaços de tempo. É uma alma em mil modos...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quando se pretende discutir a respeito de um tema multidisciplinar, como "cérebro", por exemplo, começam a surgir desencontros entre certas interpretações e outras. Há lugar no cérebro, no mesmo "patamar", para memória, lembrança, imagem, destino, bloqueio, princípio, ideia, ideal, espírito? Como juntar, combinar, separar todas as interpretações e seus respectivos termos inerentes? É possível que, ao se construir um sistema filosófico, todos os termos possam combinar categoricamente sem atrapalhar ou excluir uns aos outros? Aqui entre outras coisas discute-se a existência e a representação dessa existência; o fato de o mundo não se constituir apenas dos objetos, mas também das palavras que designam esses objetos - não há correspondência exata entre uma coisa e outra.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quem rejeita o dualismo precisa jogar fora a experiência, desconsiderá-la por completo. Mas, como não dar valor a experiência? Para um individuo encravado no mundo ele só pode afirmar que vive se assumir que naquele instante ele vê, ouve, toca, cheira e, enfim, pensa/sabe. É esse sentir-saber o ponto de partida dos movimentos intencionais do corpo, que irá produzir alterações no mundo real - portanto o próprio sentir-saber precisa também ser real. O problema (para a ciência) é que os instrumentos não conseguem captá-lo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

É a natureza ou essência das coisas que determina as categorias (e por extensão as palavras que designam essas categorias) e não o contrário. Disso resulta numa certa confusão: não há palavras adequadas para se referir as naturezas devido sobretudo aos erros e vícios no uso delas ao longo do tempo. É preciso fazer malabarismos para poder encaixar palavras em conjuntos categóricos que correspondam precisamente as naturezas encontradas na Realidade...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Na física algo pensa: o cérebro, que pode ser visto por exemplo em imagens de tomografia e ressonância magnética. Na onto algo pensa, esse algo é alguma coisa que não pode ser definida como cérebro, estaria subjacente, como fenômeno "externo" a ele. Uma alma constituir-se–ia numa totalidade intrínseca, construída e expressa pelo cérebro, que pode ser dividida por suas naturezas distintas em: sensível e abstrato. Um sensível amplo e variado assim como idéias sonhadas são realidades e seriam partes desgarradas dessa totalidade. Desgarram-se dessa totalidade quando se quer falar a respeito delas. Ontologicamente essas realidades não podem se apresentar separadas.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Uma coisa é falar das coisas e outra é falar das palavras usadas para se falar das coisas – que essas palavras seguem regras próprias, muitas vezes inadequadas para se compreender temas complexos, porque as coisas perfazem características muito diferentes das características das palavras, que para de fato podê-las representar com exatidão precisariam se originar das mesmas naturezas (mas isso não ocorre) .
Um livro (sobretudo de filosofia) abarca o mundo de que fala, de tal forma que nada parece lhe escapar, enquanto que ao mesmo tempo não passa de um livro, um simples objeto que como tal está inserido como outra qualquer parte que compõe o mundo de que trata.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Um ser encontra-se no mundo e pensa (e representa) esse mundo quando o enxerga ao seu redor. Esse enxergar é distorcido porque em seu cérebro há uma mistura de coisas que estão no mundo com coisas que não estão, que foram criadas para se compreender outras coisas, como por exemplo: “árvore” é algo que está no mundo, enquanto “ignorância” não está no mundo – embora possamos criá-la ao pensarmos em certas pessoas...