sábado, 24 de julho de 2010

Uma alma pode ser compreendida como um todo constituído de partes indistinguíveis, não delimitadas detalhadamente. Isso porque podemos diferenciar, olhando para dentro de nós mesmos, vários tipos ou naturezas de almas, que por sua vez se correspondem com as partes do corpo relacionadas. Por exemplo: há uma parte nítida configurando um eu "principal", atrás dos olhos; outra parte distinta que ouve; uma que engole, outra que fala; há também a que toca um instrumento, nas próprias mãos e outra como uma raiz que se adentra de encontro ao coração e sente raiva ou amor, etc. Pode-se dividir em quantas partes quiser. Mas são reais!

sábado, 10 de julho de 2010

A vida constitui-se por um lado como "alma" e por outro como ‘mundo’, o qual se encontra a frente dela, incluindo seu próprio corpo. Há um sentir nítido dado pela experiência de ser/estar vivo. O sensível se expressa in loco, como alguma coisa "de dentro" e ao mesmo tempo "separada" do corpo, sem limites precisos, diversificado em vários tipos de naturezas, aberto (como no campo da visão) ou fechado em alguns pontos (como por exemplo na experiência de uma dor numa parte especifica do corpo). Isso é nítido: no dia-a-dia carregamos um corpo para lá e para cá; em cada lugar que paramos o mundo para e se afigura ali onde nos encontramos. É a vida em mil modos em curtos espaços de tempo. É uma alma em mil modos...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quando se pretende discutir a respeito de um tema multidisciplinar, como "cérebro", por exemplo, começam a surgir desencontros entre certas interpretações e outras. Há lugar no cérebro, no mesmo "patamar", para memória, lembrança, imagem, destino, bloqueio, princípio, ideia, ideal, espírito? Como juntar, combinar, separar todas as interpretações e seus respectivos termos inerentes? É possível que, ao se construir um sistema filosófico, todos os termos possam combinar categoricamente sem atrapalhar ou excluir uns aos outros? Aqui entre outras coisas discute-se a existência e a representação dessa existência; o fato de o mundo não se constituir apenas dos objetos, mas também das palavras que designam esses objetos - não há correspondência exata entre uma coisa e outra.